Viva a Cultura Popular!
O Boi de Parintins O auto popular, espetacular e criativo, reinventa o mito, a lenda do boi encantado que morre e ressuscita redescobrindo a cultura amazônica. Ele percorre a floresta e seus recantos, incorpora o universo lendário mítico e regional, além de valorizar rituais, celebrações tribais, costumes e a tradição popular. Ao seu repertório se unem a defesa da floresta, a força do povo simples e solidário, a essência da vida na Amazônia sustentável. História do Boi Caprichoso A gênese do Boi-Bumbá Caprichoso começa no início do século XX com a vinda de um nordestino chamado Roque Cid, natural de Crato (CE). Ele migrou, como muitos que vieram para o norte do país, atraídos pelas ofertas e melhores condições de vida e de trabalho nos seringais da Amazônia. Ao chegar, deparou-se com outra realidade, os seringais estavam em fase decadente. No entanto, foi em Parintins que Roque Cid decidiu ficar e fundar, em 1913, uma brincadeira onde a figura principal era um boi de pano chamado Caprichoso. Essa diversão corporificou uma herança cultural muito forte do nordeste que se entrelaça com a cultura local, acrescentando elementos do cotidiano do caboclo amazonense. Esse conhecimento, por conseguinte, se integra aos contos lendários e míticos da criação do imaginário e se mistura com realidade, harmonizando e assumindo uma identidade peculiar, a do parintinense. Além do boi-bumbá, Roque Cid organizava o Cordão dos Marujos, manifestação de cunho religioso, trazido do nordeste, que deu origem ao nome da percurssão do boi Caprichoso, a famosa Marujada de Guerra. O nordestino, também, era conhecido como Mestre Roque, por ter como ofício a profissão de pedreiro. Relatos descrevem que muitas construções do bairro São Benedito foram por ele executadas. Alto e magro, era um homem singular, com sotaque característico do sertão nordestino. Em sua residência, no tradicional bairro do Esconde, ocorriam os ensaios para o dia da grande festa em homenagem aos santos juninos, em especial São João, tendo o seu filho Feliz Cid como o principal Amo do Boi. Esses festejos uniam o religioso e o profano, entoando ladainhas e rezas, oferta de comidas e finalizavam com a morte simbólica do Boi, que prometia voltar no próximo ano, com a seguinte ressalva: “Se Deus quiser”. Outra figura muito expressiva na história do boi Caprichoso foi Luiz Gonzaga, cuja residência, na rua Rio Branco serviu de curral no qual por muito tempo ensaiou o boi Caprichoso. Com a mesma importância histórica se encontra José Furtado Belém, João Nossa, Lauro Silva, Didi Vieira, Zeca Xibelão, Luizinho Pereira, Acinelcio Vieira, Ednelza Cid, Odnéia Andrade, dentre outros. Para todos os torcedores o criador do Boi Caprichoso é Roque Cid, pois ele legitimou e consolidou relações que se entrelaçam em um sentimento de amor, paixão, disputa e rivalidade. No decorrer do tempo, o Boi teve uma sucessão de donos e atualmente encontra-se na condição de Associação Folclórica Boi-Bumbá Caprichoso. Hoje a nação Azul e Branca encontra-se solidificada em uma unidade cultural que se manifesta através da linguagem, dos costumes, da culinária, da música, da dança e da religião, ou seja, da grande arte popular, como um todo, que transforma e une este povo num universo de Encanto e Magia. * Aldaci Castro - Historiadora Read more on Last.fm. User-contributed text is available under the Creative Commons By-SA License; additional terms may apply.
O Boi de Parintins O auto popular, espetacular e criativo, reinventa o mito, a lenda do boi encantado que morre e ressuscita redescobrindo a cultura amazônica. Ele percorre a floresta e seus recantos, incorpora o universo lendário mítico e regional, além de valorizar rituais, celebrações tribais, costumes e a tradição popular. Ao seu repertório se unem a defesa da floresta, a força do povo simples e solidário, a essência da vida na Amazônia sustentável. História do Boi Caprichoso A gênese do Boi-Bumbá Caprichoso começa no início do século XX com a vinda de um nordestino chamado Roque Cid, natural de Crato (CE). Ele migrou, como muitos que vieram para o norte do país, atraídos pelas ofertas e melhores condições de vida e de trabalho nos seringais da Amazônia. Ao chegar, deparou-se com outra realidade, os seringais estavam em fase decadente. No entanto, foi em Parintins que Roque Cid decidiu ficar e fundar, em 1913, uma brincadeira onde a figura principal era um boi de pano chamado Caprichoso. Essa diversão corporificou uma herança cultural muito forte do nordeste que se entrelaça com a cultura local, acrescentando elementos do cotidiano do caboclo amazonense. Esse conhecimento, por conseguinte, se integra aos contos lendários e míticos da criação do imaginário e se mistura com realidade, harmonizando e assumindo uma identidade peculiar, a do parintinense. Além do boi-bumbá, Roque Cid organizava o Cordão dos Marujos, manifestação de cunho religioso, trazido do nordeste, que deu origem ao nome da percurssão do boi Caprichoso, a famosa Marujada de Guerra. O nordestino, também, era conhecido como Mestre Roque, por ter como ofício a profissão de pedreiro. Relatos descrevem que muitas construções do bairro São Benedito foram por ele executadas. Alto e magro, era um homem singular, com sotaque característico do sertão nordestino. Em sua residência, no tradicional bairro do Esconde, ocorriam os ensaios para o dia da grande festa em homenagem aos santos juninos, em especial São João, tendo o seu filho Feliz Cid como o principal Amo do Boi. Esses festejos uniam o religioso e o profano, entoando ladainhas e rezas, oferta de comidas e finalizavam com a morte simbólica do Boi, que prometia voltar no próximo ano, com a seguinte ressalva: “Se Deus quiser”. Outra figura muito expressiva na história do boi Caprichoso foi Luiz Gonzaga, cuja residência, na rua Rio Branco serviu de curral no qual por muito tempo ensaiou o boi Caprichoso. Com a mesma importância histórica se encontra José Furtado Belém, João Nossa, Lauro Silva, Didi Vieira, Zeca Xibelão, Luizinho Pereira, Acinelcio Vieira, Ednelza Cid, Odnéia Andrade, dentre outros. Para todos os torcedores o criador do Boi Caprichoso é Roque Cid, pois ele legitimou e consolidou relações que se entrelaçam em um sentimento de amor, paixão, disputa e rivalidade. No decorrer do tempo, o Boi teve uma sucessão de donos e atualmente encontra-se na condição de Associação Folclórica Boi-Bumbá Caprichoso. Hoje a nação Azul e Branca encontra-se solidificada em uma unidade cultural que se manifesta através da linguagem, dos costumes, da culinária, da música, da dança e da religião, ou seja, da grande arte popular, como um todo, que transforma e une este povo num universo de Encanto e Magia. * Aldaci Castro - Historiadora Read more on Last.fm. User-contributed text is available under the Creative Commons By-SA License; additional terms may apply.
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